Logo Grabois Logo Grabois

Leia a última edição Logo Grabois

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

    Comunicação

    Cárcere das almas

    Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e, sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo o Espaço da Pureza. Ó almas presas, mudas e fechadas Nas […]

    POR: Redação

    1 min de leitura

    Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
    Soluçando nas trevas, entre as grades
    Do calabouço olhando imensidades,
    Mares, estrelas, tardes, natureza.

    Tudo se veste de uma igual grandeza
    Quando a alma entre grilhões as liberdades
    Sonha e, sonhando, as imortalidades
    Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.

    Ó almas presas, mudas e fechadas
    Nas prisões colossais e abandonadas,
    Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

    Nesses silêncios solitários, graves,
    Que chaveiro do Céu possui as chaves
    Para abrir-vos as portas do Mistério?!


    Cruz e Sousa
    Últimos sonetos, 1905
     

    Notícias Relacionadas