“Criaremos equipes que agrupem as capacidades da organização no assessoramento sobre políticas, planejamento de investimentos, mobilização de recursos, respostas de emergência e desenvolvimento sustentável”, disse Graziano em nota divulgada pela FAO. De acordo com o novo diretor-geral, a erradicação da fome não deve se desligar dos outros desafios mundiais, como a recuperação das economias nacionais, a proteção aos recursos naturais e a adaptação às mudanças climáticas.

A nota ressalta que cerca de 925 milhões de pessoas sofrem de fome crônica. Muitos países estão longe de alcançar o primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — que é reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, o percentual de vítimas da fome e da pobreza extrema.

Entre os pontos defendidos por Graziano durante sua campanha para o cargo — e reforçados na posse —, estão a erradicação da fome, a produção e o consumo sustentáveis de alimentos, a gestão mais justa dos alimentos em nível mundial, a conclusão da reforma organizacional da FAO para melhorar sua eficácia e transparência, e a ampliação das alianças com a cooperação entre os países do Hemisfério Sul.

Graziano é o oitavo diretor-geral da FAO e sucede ao senegalês Jacques Diouf, que ficou no cargo de 1994 a 2011. O novo ocupante do posto dará sua primeira entrevista coletiva à imprensa amanhã (3). O brasileiro foi ministro de Segurança Alimentar do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi implantado o programa Fome Zero. Entre 2006 e 2011 esteve à frente da agência regional da FAO para a América Latina e o Caribe, sediada no Chile.

Fonte: Agência Brasil