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    Comunicação

    Afonia

    Afonia O chão frio recebe os meus pés e eu nem tenho uma garganta agora… O que não sei além do horizonte debruça os olhos sobre mim. Algumas saudades nunca vão emagrecer… Seus chinelos largados no meio da sala, sem liturgia, é parte dessas lembranças. Pro sono profundo de todos ela já foi dormir e […]

    POR: Marta Eugênia

    1 min de leitura

    Afonia

    O chão frio recebe os meus pés
    e eu nem tenho uma garganta agora…
    O que não sei além do horizonte
    debruça os olhos sobre mim.
    Algumas saudades nunca vão emagrecer…
    Seus chinelos largados no meio da sala,
    sem liturgia, é parte dessas lembranças.
    Pro sono profundo de todos
    ela já foi dormir
    e nem pôde levar seus chinelos…
    O que fazer das coisas acordadas
    que ela me deixou?
    E é nessa hora da vida
    que o medo de mim se aproxima
    e uma inapetência pra raios de sol;
    a lua esplêndida de minguância,
    de suas vestes eu aprendi.
    Eu preciso obedecer à poesia,
    ofegante e sem pestanejar
    do mesmo modo de minha infância
    a correr pelas calçadas pra chegar depressa
    com o pacote de pão.

                       
    Marta Eugênia -Professora de Língua Portuguesa
    e Literatura –
    http://eugenico.blogspot.com