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    América Latina

    PCdoB: Defender a Venezuela é defender a soberania dos povos e nações

    Estados Unidos apreendeu um petroleiro venezuelano que se dirigia a Cuba elevando as tensões entre os países. PCdoB alerta para riscos da investidas imperialista e coclama Brasil a liderar unidade regional diante das ofensivas de Trump

    POR: Redação

    5 min de leitura

    Donald Trump postou em sua rede Thruth Social o ataque ao navio venezuelano pelas tropas dos EUA. Fonte: Donald Trump Thruth Social / Divulgação
    Donald Trump postou em sua rede Thruth Social o ataque ao navio venezuelano pelas tropas dos EUA. Fonte: Donald Trump Thruth Social / Divulgação

    O escalada dos Estados Unidos contra a Venezuela se intensificou nas primeiras semanas de dezembro, com a decisão de Donald Trump enviar navios para a costa venezuelana com a justificativa de combater o narcotráfico.

    A Secretaria de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se manifestou no dia 8 de dezembro denunciando a ameaça imperialista do governo dos EUA contra o presidene eleito Nicolás Maduro, “enquanto envia poderosos navios para a costa venezuelana, destrói embarcações, assassina tripulações e fecha o espaço aéreo do país, violando frontalmente todas as normas do direito internacional”.

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    O PCdoB já havia alertado em agosto para as implicações da escalada dos EUA com a Venezuela em pronunciamento da Executiva Nacional que convocava“os povos e países da América Latina e Caribe a construírem a mais firme unidade diante da ofensiva imperialista contra a região”. O comunicado de dezembro reitera esse posicionamento e enfatiza que “defender a soberania de toda a América Latina e Caribe”.

    “O Brasil, como maior país da região, deve liderar, com habilidade, mas com nitidez e firmeza, esta resistência. Neste sentido, reafirmamos os termos da moção de Solidariedade à Venezuela, aprovada por unanimidade no 16º Congresso do Partido, em outubro: ‘para que a América Latina seja uma zona de paz e caminhe no rumo da integração solidária, a soberania e a integridade da Venezuela devem ser plenamente respeitadas'”, destaca o comunicado da Secretaria de Relações Internacionais do PCdoB.

    Em meio a essa investida o almirante responsável pelas forças militares dos Estados Unidos na América Latina, Alvin Holsey deixou o cargo, anunciando sua aposentadoria na sexta-feira (12), dois anos antes do previsto,

    O anúncio aconteceu após a apreensão pelos Estados Unidos de um petroleiro venezuelano que se dirigia a Cuba na quarta-feira (10) – primeira ação desse tipo desde o anúncio das sanções contra a Venezuela anunciadas em 2019, durante a gestão anterior de Trump.

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    O presidente venezuelano, Nicolás Maduro afirmou que se tratava de uma embarcação civil  e classificou a apreensão do navio como um ataque dos EUA para controlar o petróleo do país.

    A Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) condenou no domingo (14) a intensificação das ofensivas dos EUA contra a Venezuela.

    Leia a íntegra do comunicado da Secretaria de Relações Internacionais do PCdoB

    A República Bolivariana da Venezuela tem sofrido sérias ameaças de agressão militar direta, vindas de Washington.

    A pátria de Simón Bolívar, já enfrentando com altivez o roubo de ativos nacionais, além de cercos, sanções e sabotagens, assiste o imperialismo estadunidense ameaçar diretamente o presidente eleito, Nicolás Maduro, enquanto envia poderosos navios para a costa venezuelana, destrói embarcações, assassina tripulações e fecha o espaço aéreo do país, violando frontalmente todas as normas do direito internacional.

    Donald Trump, buscando justificar tais atos de banditismo e terrorismo internacional, elabora mentiras grosseiras que não convencem sequer a população dos EUA, majoritariamente contrária à uma guerra contra a Venezuela.

    No entanto, como foi explicitado no documento sobre estratégia nacional de segurança, lançado pela gestão Trump em novembro, todas as nações da América Latina e Caribe estão sob grave ameaça.

    O documento propõe um “Corolário Trump” à Doutrina Monroe, com o objetivo de “restaurar a preeminência americana no Hemisfério Ocidental“, o que implica, como afirma sem rebuços o texto, em cercear e constranger o estabelecimento de relações soberanas dos países da América Latina e Caribe, subordinando-as aos interesses dos EUA.

    O texto defende ainda uma “readequação” da presença militar global para focar em “ameaças urgentes” no Continente Americano, mencionando explicitamente “o uso de força letal”.

    O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), logo em agosto, quando os EUA iniciaram suas operações bélicas no mar do Caribe, já antevia as implicações desta escalada e, em pronunciamento da Executiva Nacional intitulado “Plena solidariedade ao povo e ao governo venezuelano”, exortava “os povos e países da América Latina e Caribe a construírem a mais firme unidade diante da ofensiva imperialista contra a região”.

    Pois é justamente disso que se trata: defender a Venezuela é defender a soberania de toda a América Latina e Caribe. O Brasil, como maior país da região, deve liderar, com habilidade, mas com nitidez e firmeza, esta resistência.

    Neste sentido, reafirmamos os termos da moção de Solidariedade à Venezuela, aprovada por unanimidade no 16º Congresso do Partido, em outubro: “para que a América Latina seja uma zona de paz e caminhe no rumo da integração solidária, a soberania e a integridade da Venezuela devem ser plenamente respeitadas”.

    Secretaria de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

    Brasília, 08 de dezembro de 2025