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“Você se lembra, lembra?”
Adalberto Monteiro16 de julho de 2009Tua voz estava rouca de tanto gritar “liberdade”. E eu, exausto de combater os adversários, os corsários, Descansava no teu colo. E as tuas mãos, que há pouco fechadas em socos gritavam “Revolução”, “Revolução”, agora, eram plumas percorrendo os meus cabelos os meus pelos. Fico imaginando, a gente andando, a gente se amando pelas ruas […]
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A Santa e a Leitoa
ACAS16 de julho de 2009Prequeté, prequeté, prequeté!. E a charrete subia a rua principal. Na boléia, mascando um pedaço de bom fumo goiano, ia o Souza, legítimo africano de quatro costados. Pouco abaixo de seus pés, entre as rodas murchas do pneu careca e à sombra, ia o Viajante; um querido e legítimo canino puro-sangue tomba-latas. Vez […]
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Poema da eterna presença
António Gedeão15 de julho de 2009Estou, nesta noite cálida, deliciadamente estendido sobre a relva, de olhos postos no céu, e reparo, com alegria, que as dimensões do infinito não me perturbam. (O infinito! Essa incomensurável distância de meio metro que vai desde o meu cérebro aos dedos com que escrevo!) O que me perturba é que o todo possa caber […]
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