Aquele ponto acima do horizonte que pede passagem não deslumbra não ampara somente corre como nuvem pássaro passo de quem já perdeu o trem
Mundo?
Que mundo,
quando tudo se resume ao acaso,
ao desmanche das estações?
Quando nada é sólido
e,
no entanto,
sua concretude abala todos os alicerces de nossa incivilização global?

Quando não há verdade,
só rumores?
Quando, de tudo e de nada,
de entre as frinchas das paredes e das incompreensões,
só saltam rancores e violências disfarçadas

ou explícitas,
abertas, supuradas,
como feridas?