Ponto de contato entre o amanhã e o sempre, a cidade desenrola-se deserta. Recebe a distância de todos — fugitivos da rotina, arribados em demanda de campos ou outras estâncias plausíveis. Ficamos nós, estrangeiros, exilados no Planalto Central, sem poderes ou possibilidades de luta. O que resta: ler um livro, procurar notícias, revolver a memória. E esperar. Esperar que a vida em torno volte a reanimar os edifícios e, assim, acabe com a inutilidade dos dias.