Importa que diga que esse porto recebe todo o mar – de toda a terra e seus pecados. Porque é uma só água, que dividimos em oceanas paisagens para nossa localização futura. Toda a sede do mundo nele cabe, toda a saciedade nele desemboca, estua-se, delta-se, chove-se. Mar em que inscrevemos nossa índole, onde registramos nossa flor cambiante e nos abismamos. Espelho em que nos reconhecemos líquidos, fluídos e, por isso, permanentes.