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    Comunicação

    História antiga

    No meu grande otimismo de inocente, Eu nunca soube por que foi… um dia, Ela me olhou indiferentemente, Perguntei-lhe por que era… Não sabia… Desde então, transformou-se de repente A nossa intimidade correntia Em saudações de simples cortesia E a vida foi andando para a frente… Nunca mais nos falamos… vai distante… Mas, quando a […]

    POR: Redação

    1 min de leitura

    No meu grande otimismo de inocente,
    Eu nunca soube por que foi… um dia,
    Ela me olhou indiferentemente,
    Perguntei-lhe por que era… Não sabia…

    Desde então, transformou-se de repente
    A nossa intimidade correntia
    Em saudações de simples cortesia
    E a vida foi andando para a frente…

    Nunca mais nos falamos… vai distante…
    Mas, quando a vejo, ha sempre um vago
         [instante,
    Em que seu mudo olhar no meu repousa,

    E eu sinto, sem no entanto compreendê-la,
    Que ela tenta dizer-me qualquer coisa,
    Mas que é tarde demais para dizê-la…

     

    Raul de Leoni (1895-1926)
    Cancioneiro do Amor – Os mais belos versos da poesia brasileira
    Antologia organizada por Wilson Lousada
    Livraria José Olympio Editora – 2ª edição, 1952