O impossível não se pede
É feito por nós mesmos
Longe das limitações e medos mundanos
Longe da descrença do mundo em sua própria humanidade

O impossível não é aquilo que ninguém pode realizar
É o que ninguém ousou conquistar
É feito mais de raça que de sonho
Suor e sangue mais que devaneios

O impossível não se sente, não se toca, não se vê
É palavra morta na cabeça dos racionais (os lógicos!)
É sentença de vida a quem deseja mais que o medíocre

O impossível é desafio
E superação não é palavra de indivíduo
(Não tem homem sozinho que possa com aquilo que não se pode)
É trabalho de homem coletivo
É sabedoria de quem já aprendeu com a vida
E concluiu que força e soma são como que uma coisa só

O impossível é bom
As coisas do mundo
E o até o ser humano
Podem ser bons também

Ruim é essa coisa que limita e desune
Essas opressões todas que tornam o impossível tão hermético
E a vida tão cinza 

 Luana Bonone, jornalista e estudante de administração. Diretora de Comunicação da ANPG. É da direção nacional da União da Juventude Socialista – UJS. Publicou ''Garazilda e a Santa Voz'' (1993).