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    Comunicação

    Baladilha

    Morre o boi Quando chega ao fim A paciência bovina De mascar capim, De puxar o carro, De servir ao homem Que o mata e come. Morre o cão No meio da rua Sob a luz da lua A que tanto uivou. Guardou fielmente O celeiro do homem, Mas morreu de fome. Morre o pássaro […]

    POR: Redação

    1 min de leitura

    Morre o boi
    Quando chega ao fim
    A paciência bovina
    De mascar capim,
    De puxar o carro,
    De servir ao homem
    Que o mata e come.

    Morre o cão
    No meio da rua
    Sob a luz da lua
    A que tanto uivou.
    Guardou fielmente
    O celeiro do homem,
    Mas morreu de fome.

    Morre o pássaro
    Dentro da gaiola
    Quando é noite e o canto
    Já não o consola.
    Pela última vez
    Canta para o homem
    Que, embora livre, dorme.

    Envoy:

    Homem, não sejas
    Pássaro nostálgico,
    Cão ou boi servil.
    Levanta o fuzil
    Contra o outro homem
    Que te quer escravo.
    Só depois disso morre.

    Melhores poemas
    José Paulo Paes
    Seleção de Davi Arrigucci Jr.
    Global Editora – edição 1998

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