A entidade tem abrangência nacional — incorporando quadros destacados de várias regiões do Brasil — e reunirá cientistas, professores e gestores ambientais, entre outros. Entre os especialistas da área que apóiam o INMA estão Luiz Pinguelli Rosa, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; Carlos Walter Porto Gonçalves, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Luis Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Volnei Garrafa, professor da Universidade de Brasília.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e a Fundação Maurício Grabois fazem parte dos apoiadores e estão na linha de frente de sua criação. O secretário de Meio Ambiente do PCdoB e da Fundação, Aldo Arantes, diz que “o INMA já nasce com grande fôlego e tem tido ótima receptividade de setores variados”. Segundo ele, um dos principais méritos do Instituto é “aprofundar o debate sobre a relação entre o meio ambiente e o desenvolvimento porque há uma tendência de se absolutizar o primeiro não levando em conta o segundo; ou, ao contrário, considerar a questão do desenvolvimento sem considerar o meio ambiente”.

Oportunidade

Alado Arantes ressalta a oportunidade do lançamento do INMA. “É um debate bastante oportuno porque tem impacto em nível internacional e está presente nas campanhas. É importante construirmos uma visão sólida a respeito da questão ambiental colada ao desenvolvimento e contribuir para que essa discussão avance num governo de Dilma Rousseff”. Com essa iniciativa, diz, “os setores envolvidos podem se colocar na dianteira dessa discussão”.

A primeira iniciativa da qual o INMA participará já está sendo gestada. Trata-se do Seminário Internacional sobre as Mudanças Climáticas, marcado para os dias 11 e 12 de novembro, em Brasília, e que vem sendo desenvolvido pela Fundação Maurício Grabois. O evento é preparatório à Conferência Mundial da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16), a se realizar em Cancun, no México, entre 29 de novembro e 10 de dezembro.

A meta do seminário é debater o tema e preparar representantes de fundações e entidades sociais para a COP 16. Ao mesmo tempo, objetiva contribuir com o desenvolvimento de políticas públicas de combate ao aquecimento global. O seminário reunirá especialistas e lideranças nacionais e internacionais e lançará publicamente o Instituto.

Presidente

A assembléia do dia 20 debateu e aprovou os Estatutos da entidade, o Conselho Administrativo, os órgãos de direção e a realização de uma assembléia complementar no dia 9 de setembro de 2010, em Brasília, para ratificar a criação de INMA e incorporar novos agentes no processo de institucionalização da entidade. Aldo Arantes foi eleito presidente do INMA; Pedro de Oliveira assume a função de diretor administrativo e financeiro; e Verônica Bercht a de diretora técnica.

Segundo Aldo Arantes, O debate sobre um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento não pode abrir mão das idéias ambientais orientadas por um projeto de socialismo para o século XXI. Para ele, o INMA se propõe a aprofundar um conjunto de questões que precisam ocupar o espaço vazio deixado pelas discussões estáticas que permeiam o tema. Aldo Arantes explica que assim como se enfrentou a complexidade do debate sobre a questão racial e a questão de gênero, o tema meio ambiente precisa entrar na pauta das ações das forçar populares e progressistas.

No encerramento dos trabalhos, o presidente da Funda Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, saldou a criação do INMA e destacou que a entidade nasce “abraçando uma grande causa”. Para ele, o meio ambiente é um tema imprescindível para a agenda política brasileira. Adalberto Monteiro fez uma breve retrospectiva sobre o debate do assunto no PCdoB e destacou que o Partido indicou para tomar a frente do debate Aldo Arantes, um dirigente com autoridade política para enfrentar o desafio. Ele também lembrou que desde que Aldo Arantes apresentou a idéia de criação do INMA a Fundação Maurício Grabois apóia o projeto.

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Com informações de Priscila Lobregatte,
Do Portal Vermelho