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    Comunicação

    A curva dos teus olhos

    A curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito É uma dança de roda e de doçura. Berço noturno e auréola do tempo, Se já não sei tudo o que vivi É que os teus olhos não me viram sempre. Folhas do dia e musgos do orvalho, Hastes de brisas, sorrisos de perfume, […]

    A curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito
    É uma dança de roda e de doçura.
    Berço noturno e auréola do tempo,
    Se já não sei tudo o que vivi
    É que os teus olhos não me viram sempre.

    Folhas do dia e musgos do orvalho,
    Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
    Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
    Barcos de céu e barcos do mar,
    Caçadores dos sons e nascentes das cores.

    Perfume esparso de um manancial de auroras
    Abandonado sobre a palha dos astros,
    Como o dia depende da inocência.
    O mundo inteiro depende dos teus olhos
    E todo o meu sangue corre no teu olhar.

    Algumas Palavras, tradução de António Ramos Rosa – Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1977, pág. 25.

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