Sem apurar a veracidade das denúncias, sem divulgar com a mesma ênfase os argumentos e fatos apresentados pelo Ministério, montou-se um verdadeiro tribunal de exceção, como nos regimes ditatoriais. Tenta-se desesperadamente inviabilizar o trabalho do governo Dilma, buscando desqualificar os partidos políticos que a sustentam e as instituições do País. Isso também ocorreu nos dois mandatos do presidente Lula.

A atividade política é criminalizada e os partidos e instituições são colocados sob permanente suspeição, enquanto instigam-se manifestações sem objetivos claros, mas de cunho marcadamente retrógrado. Método semelhante já foi utilizado pelos que patrocinaram o golpe de Estado de 1964. Por mais de 20 anos as reivindicações populares foram colocadas na ilegalidade, opositores foram perseguidos, presos, torturados e mortos. No mesmo período, não por acaso, estabeleceram-se poderosos grupos monopolistas, inclusive no setor da comunicação – este que apela para manchetes sensacionalistas, tentando forçar o governo a voltar à velha cartilha neoliberal na economia e à política elitista e antidemocrática.

Não teve sucesso a manobra de indispor o governo Dilma com o PCdoB e isolar seus militantes dos setores democráticos e progressistas. A ação unitária e pronta do partido e do ex-ministro de exigirem a apuração das denúncias desmascarou a intenção da campanha difamatória. A própria presidente declarou seu apreço e confiança no PCdoB. Colocou no comando do Ministério do Esporte o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para que leve adiante a política de inclusão social, inovadora, inaugurada nessa pasta. Agradeço o apoio, a confiança e a solidariedade que recebemos.

 

Inácio Arruda é  senador pelo PCdoB do Ceará

Fonte: O Povo