Copa e Olimpíadas: oportunidades de ouro para o desenvolvimento e a projeção internacional do Brasil
O Brasil, ao conquistar o direito de sediar, com intervalo de apenas dois anos, tanto a Copa quanto as Olimpíadas/Paraolimpíadas, demonstrou a elevada confiança e respeito que angariou no plano internacional. As realizações dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o reconhecimento do novo papel do país no mundo, foram os fatores decisivos para este grande feito. Orlando Silva, ex-ministro do Esporte e atual vereador do PCdoB na cidade de São Paulo, participou de modo destacado dessa jornada vitoriosa, ao lado do presidente Lula e de outras lideranças.
O governo da presidenta Dilma Rousseff recebeu o desafio de realizar o conjunto de tarefas estipuladas pelos termos de compromisso que o país assinou. Os compromissos pactuados passaram pelo crivo do Congresso Nacional, e a execução das obras e da extensa lista das necessidades se realiza sob a fiscalização das instituições pertinentes da República, e também, da sociedade. O ministro do Esporte, deputado federal Aldo Rebelo, desde outubro de 2011 trabalha intensamente com a equipe ministerial para garantir o êxito da Copa e dos Jogos Olímpicos. Demonstrando mais uma vez seu compromisso com o país, ele não será candidato à reeleição, para cumprir até o fim os trabalhos da Copa e dar prosseguimento à agenda das Olimpíadas.
A realização desses eventos no Brasil impôs como imperativo a execução acelerada de planos referentes a demandas há muito postergadas, como o estrangulamento da mobilidade urbana e a insuficiente capacidade dos aeroportos. Estão em andamento melhorias urbanísticas e de infraestrutura nas doze cidades-sede da Copa. A cidade do Rio de Janeiro, que será o palco das Olimpíadas de 2016, passa, segundo seus gestores, por uma transformação, sobretudo no que refere às obras de mobilidade urbana. Com os grandes eventos esportivos, a economia nacional é estimulada por vários vetores, entre eles, o turismo, as telecomunicações e a construção civil – o que não é pouca coisa no contexto de uma crise global do capitalismo.
No país em que as pessoas amam os esportes e o futebol é a paixão nacional, são edificadas instalações esportivas que terão impacto positivo por anos. Além de estádios, serão construídos 250 centros de iniciação ao esporte como parte do Plano Brasil Medalhas. Este Plano contém o arrojado orçamento de R$1 bilhão a mais em ações para incentivar a formação e o desempenho de atletas brasileiros. Com isso, se espera que o Brasil fique entre os dez primeiros países nos Jogos Olímpicos, e entre os cinco primeiros dos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro. E que o esporte conquiste, como coroamento desse percurso, uma política de Estado que o fortaleça em todas as dimensões.
Há que se perguntar: Por que, com tantos aspectos positivos e largamente apoiados pela maioria do povo, a Copa e as Olimpíadas estão na linha de tiro do sistema de oposição? Na trajetória da República, todas as grandes realizações foram alvos de intenso combate. Para citar um caso, basta lembrar a violenta oposição que Juscelino Kubitschek teve que vencer para viabilizar a construção de Brasília. Hoje, o sistema de oposição acende velas, roga pragas e, para além disso, atua deliberadamente pelo fracasso desses eventos. Não se deve esquecer que a Copa se realizará na largada da sucessão presidencial de 2014.
É preciso reconhecer que não só a oposição, mas também um setor dos movimentos sociais, têm colocado os grandes eventos esportivos no alvo de protestos, como os ocorridos em junho passado. Mas em relação a eles, a questão é outra. O Brasil, apesar dos significativos avanços em termos de redução das desigualdades sociais e regionais da última década, segue sendo um país injusto e desigual. As tensões sociais são permanentes. Isso explica o bordão de uma parcela dos manifestantes de junho que pedia “Padrão FIFA” para áreas como saúde, educação e transporte. As manifestações atacaram o problema certo, mirando no alvo errado, pois como já foi dito, os dois eventos têm o potencial de acelerar a resolução de diversos problemas urbanos.
Pesquisas de consultorias não vinculadas ao governo estimam que a Copa e os Jogos Olímpicos irão agregar R$180 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) até 2019 e gerar cerca de 700 mil empregos permanentes e temporários.
Somente a Copa puxará investimentos de R$ 11,5 bilhões em mobilidade urbana. Ao todo, nesta esfera, são 41 projetos divididos em BRTs, corredores expressos, VLTs, monotrilhos e renovação de estações de trem, metrô e ônibus. Já na modernização e ampliação de 13 aeroportos estão sendo investidos mais 3 bilhões de reais. No quesito segurança, todas as 12 cidades da Copa receberão centros de Comando e Controle Regionais, além de mais um Centro de Comando Nacional e um Centro Integrado de Comando e Controle Móvel.
Em relação ao turismo, a Embratur calcula que a Copa atrairá 600 mil turistas estrangeiros e 3 milhões de brasileiros; por sua vez, as Olimpíadas terão a presença de 380 mil turistas internacionais. Para acolher tanta gente, a rede hoteleira das cidades ganhará forte expansão. A cidade do Rio de Janeiro tem o projeto de 75 novos hotéis que representam 16 mil novos quartos.
Como se vê, não há como transformar ouro em lata. Trata-se de uma grande oportunidade para o país alavancar o desenvolvimento e se projetar mundialmente.