Os principais fundadores do Partido Comunista da China são: Chen Duxiu (1) e Li Dazhao (2), que eram professores da Universidade de Pequim. Depois da fundação, Chen se tornaria primeiro-secretário geral. Ele era considerado o Lênin da China. Teve muita influência do marxismo-leninismo, assume o pensamento leninista e adota o modelo leninista de partido. Foram 13 os fundadores, cujo Congresso de fundação teve que terminar em uma pequena embarcação em função da perseguição política.
 
O Partido chinês, por três anos, existiu com Lênin ainda vivo. Tanto o PC da URSS enviava dirigentes para ajudar na organização do Partido na China, como vários dirigentes comunistas chineses estiveram em eventos na URSS, travando contato diretamente com o próprio Lênin (e posteriormente também com Stálin). Isso ocorreu, em especial, em várias reuniões e congressos da Internacional Comunista.
 
Pequim era uma cidade muito grande e, a partir, dos estudantes, em especial depois do chamado movimento 4 de maio (de 1919), seriam grandes as manifestações. Normalmente, no caso dos estudantes, esse é o primeiro setor da sociedade que se mobiliza, até pelas características próprias como rebeldia e certas condições familiares que dão as condições e sustento mínimo para que os jovens estudantes possam dedicar-se aos estudos. No caso, as manifestações crescem exponencialmente após os resultados do Tratado de Versalhes, que impôs perda territorial à China (3).
 
A fundação do PC da China sofre grande influência do partido coirmão da União Soviética, que era inicialmente, até a fundação do Partido na China, influenciado por Lênin e pela Internacional Comunista, uma espécie de Partido Comunista internacional. A Internacional enviava dirigentes comunistas para acompanhar o trabalho de criação e organização do Partido em um país com as características da China, com a sua imensidão.
 
É evidente que a China não chegava perto do que é hoje. O livro de Henry Kissinger: Sobre a China (2011), tem um trecho que ele menciona que, até meados do século 19, a China sozinha tinha em torno de 30% do PIB da Terra (4). A população estimada na época da fundação do Partido era de 400 milhões de habitantes.
 
Mas, começaram a acontecer as invasões e dominações a partir de 1840, com as chamadas Guerras do Ópio: a Inglaterra toma Hong Kong e Portugal, Macau, entre outras regiões ocupadas por outras potências. A partir do início do século 20, após o fim da monarquia em 1911, o país era governado por um Partido chamado Kuomintang (KMT), cujo dirigente máximo era o general – depois, marechal – Chiang Kai-shek (5), que mais para frente iria se confrontar com os comunistas na luta política pelos destinos da China.
 
Hong Kong passa a ser uma possessão da Inglaterra, em 1842. Os ingleses ocuparam Hong Kong por 155 longos anos. Só devolvem em 1997. Neste período o presidente da China era Jiang Zemin. No período da devolução, ocorreu uma grande solenidade, que contou com a presença inclusive do príncipe Charles, realizando a cerimônia com a troca de bandeiras.
 
Mas, de lá para cá, Hong Kong sempre foi uma região rebelde. Ainda hoje eles não se conformam com a volta para a República Popular da China-RPC e realizam manifestações quase que diárias. Falam em “democracia”, em “liberdade de imprensa”. Mas, a liberdade que eles querem é a de que o país volte a ser capitalista, uma colônia de potências imperiais, como já foi. Mas, essa liberdade não existe, ali foi feita uma revolução. Hong Kong tem que se adaptar às normas da China.
 
Ocorre a mesma coisa da região do Tibet, onde viveu o Dalai Lama. Entre os anos de 1951 e 1959, houve uma tentativa de pacificação, a partir da assinatura de um acordo de paz entre a direção dos monges tibetanos e o governo da China. No entanto, em 1959, toda a corte do Dalai Lama foge da China e se exila na Índia, na cidade de Dharamsala, aos pés do Himalaia (6).
 
O Partido Kuomintang era nacionalista, e seu líder Sun Yat-sen (7) é considerado o pai da Nação. Ele funda a República em 1911, quando ele destitui o último imperador da Dinastia Qing (8) e a China deixa de ser monarquia imperial e passa a ser uma República. Ele era o líder do partido junto com Chiang Kai-shek. Sun torna-se o primeiro presidente, ainda que por pouco tempo, como presidente provisório.
 
Os comunistas, no começo, tinham boa relação com esse Partido. Havia uma orientação de Moscou, no sentido de participar do KMT com alguns quadros indicados, para tentar controlar o Partido por dentro. Isto não funcionou. Assim, em determinado momento, há uma ruptura entre os dois partidos. Chiang Kai-shek – pelo menos até 1927 –, nos primeiros anos, não demonstrava ser um anticomunista ferrenho, como se viria a constatar a partir do conflito entre as duas forças políticas.
 
O secretário-geral, Chen Duxiu, vai romper com o Partido, sendo expulso em 1927, de forma que ele fica seis anos como seu primeiro secretário-geral, que é um posto muito importante em partido comunista do tipo bolchevique, como era o caso do PC da China. Depois, lamentavelmente, ele abraça a corrente de opinião chamada ‘trotsquismo’.
 
Os primeiros conflitos entre os “nacionalistas” e os comunistas, começam a ocorrer quando Duxiu é expulso. Isto acabou sendo chamado de guerra civil, houve momentos de maior e menor intensidade e mesmo de alguns armistícios assinados.
 
Foi nesse período que Mao Tse-tung (9) passa a ter uma presença maior e mais marcante no processo revolucionário chinês, quando ele foi nomeado pelo Partido como comandante do Exército Popular de Libertação, antes chamado de Exército Vermelho, como o soviético. Ele já integrava, desde a fundação do Partido, a sua Comissão Permanente, ele que foi um dos seus 13 fundadores. Nesse período ele já era bem experiente, contava com 34 anos.
 
Entre 1934 e 1935, Mao Zedong lidera algo parecido com o que fez Luiz Carlos Prestes (O Cavaleiro da Esperança) no Brasil, com a sua Coluna Prestes (10). Na China, Mao lidera um movimento que entrou para a história como sendo “A grande marcha”, integrada por 100 mil camponeses, revolucionários, que andam pelas regiões chinesas, sem serem derrotados, assim como a coluna de Prestes.
 
Em 1931 houve algo inesperado. O Império do Sol, como era chamado o Japão, governado pelo imperador Hirohito (11), atravessa o mar do Sul da China e invade a jovem República da China. Entra na região da Manchúria e lá permanece por 14 anos. Há filmes que reproduzem a presença japonesa na China naquele período e as barbaridades cometidas: massacres, exploração das mulheres etc. (12).
 
O Japão tinha pretensões de domínio global. Inclusive, havia intenção de atacar os Estados Unidos e fizeram isso, na famosa base de Pearl Harbour (13), no Pacífico. Foi uma derrota para os EUA, pior do que foi a derrota dos árabes na Guerra dos Seis Dias em 1967, quando não conseguiram nem decolar os seus aviões após um ataque surpresa por parte de Israel. Este ataque foi um pretexto para os Estados Unidos entrarem na guerra. Eles entraram em duas frentes, no Pacífico e no Atlântico Norte e Mar Mediterrâneo.
 
Hirohito se aliou ao chamado Eixo do Mal, com Hitler e Mussolini, formando um bloco dos bandidos naquele momento da história, muito parecido com a Tríplice Aliança, que se formou na 1ª Guerra, composta pelo Império Austro-húngaro, Império Otomano e Alemanha.
 
Quando acontece a ocupação da Manchúria, ela vai durar até 2 de setembro de 1945 e é chamada pelos historiadores de 2ª Guerra Sino-Japonesa. Na China, ela é conhecida como a Guerra da Resistência contra a agressão do Japão.
 
Acontece um fenômeno que eu uso como exemplo para fundamentar a importância de se fazer a Frente Ampla, para evitar situações mais drásticas. As duas forças que lutavam entre si: comunistas x nacionalistas, suspenderam o ataque entre si e passaram a lutar simultaneamente, contra um mesmo inimigo comum que ameaçava a Nação chinesa. Os seus exércitos e suas forças “marchavam separados, mas golpeavam juntos”.
 
Eles se uniram sem se fundir. Suspenderam os ataques entre si e viraram suas baterias e fuzis contra o inimigo comum naquele momento, que era o Japão. Quando o inimigo foi expulso, em 1945, eles voltaram a lutar entre si, porque estava em jogo a disputa pelo poder central que até então, estava nas mãos dos “nacionalistas”.
 
Eles não eram nacionalistas, pois eram subordinados aos EUA, que já eram uma potência mundial. Eles chegaram a financiar o KMT com ajuda de milhões de dólares. Fizeram de tudo para derrotar o movimento comunista, mas não conseguiram.
 
A aliança entre o PC da China e KMT ficou conhecida como a Segunda Frente Unida. Mas claro que o KMT vai sair dessa frente. Quando eles perderam a guerra em 1949, seus líderes fugiram da China continental, atravessam o Estreito de Taiwan e vão se exilar na grande ilha do mesmo nome. O estreito tem 130 km de distância entre a ilha e o continente. E, tentam, inclusive até os dias atuais, desmembrarem-se da República Popular da China. Quando foi proclamada a RPC, eles fundam ou retomam a República da China (sem o “popular” no nome, claro).
 
Consta que, em um primeiro momento, Chiang Kai-shek não aceitou a opinião de seus generais, da necessidade imperiosa de estabelecer a aliança com os comunistas, como foi feito na Europa nos três encontros entre os grandes (EUA, Inglaterra e URSS). Isso foi uma união para lutar contra o inimigo comum, que era o nazifascismo.
 
A aliança entre os três grandes foi a maior frente política e militar. Eles, então, fizeram algo parecido na China contra o Japão. Depois, essa frente se desfez, mas a Frente Unida continuou existindo com o Partido Comunista e outros 11 partidos ou organizações políticas, que chegaram em Pequim, em outubro de 1949 (14).
 
Então, a Frente Unida persistiu até a tomada do poder, que no caso da China não foi feita exclusivamente pelo Partido Comunista. Na Rússia também foi assim, mas lá não tinha tantos partidos, como na China, que vivia uma República, com certa liberdade partidária, enquanto a Rússia antiga, até fevereiro de 1917, quando o Czar renunciou, todos os partidos eram absolutamente proibidos de atuarem. Não havia liberdade.
 
Tanto que, quando se instala o governo provisório, o Partido Bolchevique, que já era comunista – antes chamava-se Partido Operário Social-Democrata Russo-POSDR – decide não participar do governo. No entanto, Lênin aplaude as liberdades políticas e democráticas burguesas, dizendo que isto é positivo, visto que os comunistas querem atuar e falar diretamente às massas.
  
Os aliados do PC russo não foram muitos. Os socialistas revolucionários, que não eram nem uma coisa nem outra, combatiam os bolcheviques e Lênin, que fez aliança com o movimento popular, operário e as massas camponesas, da qual Trotsky sem foi contra. Por isso, não houve uma aliança tão ampla.
 
Na China foi completamente diferente. O Partido Comunista, sob o comando de Mao Zedong, compreendeu esta Frente Ampla para a tomada do poder. Tanto que quando Mao é indicado presidente da RPC, ele compõe com seis vice-presidentes de correntes distintas, inclusive algumas que não estavam com a Revolução até próximo da chegada à Pequim. São os seguintes os vice-presidentes indicados por consenso: Liu Shaogi, Zhu De, Soong Xing-ling, Li Ji Shen, Zhang Lan e Gao Gang.
 
A República Popular da China
 
Foi na Praça da Paz Celestial – em chinês Tien Am Men –, onde Mao fez o discurso de proclamação da fundação da República Popular da China. A partir daí passam a organizar a nova estrutura de poder, aprovam uma nova bandeira, aprovam o hino, elegem Mao presidente, através do Congresso Nacional do Povo Chinês, que não é permanente, mas que se reúne de tempos em tempos.
 
Tudo foi votado democraticamente na reunião do Comitê Central do PCCh em data próximo à chegada à Pequim. O hino ficou mantido com a mesma música e mesma letra que existia muito antes da tomada do poder. Esse hino revolucionário chama-se Marcha dos Voluntários, cuja letra é de Tian Han e a música é de Nie Er. Ele foi executado pela primeira vez em 1934, quando teve início a Grande Marcha (15). Publico a seguir a tradução do mandariam, da letra do Hino:
 
De pé, vós que quereis ser livres!
Nossos corpos e sangue serão nova Muralha!
Um perigo fatal ameaça a China.
A cada um compete o dever de lutar.
De pé! De pé! De pé!
Todos em um coração
Contra o fogo inimigo, marchai!
Contra o fogo inimigo, marchai!
Marchai! Marchai! Já!
 
Sobre a bandeira chinesa, ela foi adotada na mesma reunião do CC previamente à chegada em Pequim, que foi realizado no dia 7 de setembro de 1949. Ela é vermelha – por certo – na proporção 2:3. O significado das suas quatro estrelas de cinco pontas é que a estrela maior representa o Partido e as quatro menores, todas no canto superior esquerdo, significam as quatro classes sociais que fizeram a revolução: proletariado, campesinato, pequenos burgueses e capitalistas nacionais (16).
 
Congresso Consultivo tem poder consultivo, ele indica para o Partido o que fazer. Pode-se dizer que a China é governada sob a liderança do Partido Comunista. Mas, não exclusivamente pelo PC, como era na URSS. São modelos diferentes. Aliás, não devemos ter nenhum modelo. Não há modelo de socialismo, cada país tem que construir o seu caminho. Na China, por exemplo, não existiram os sovietes.
 
Os principais líderes desse período histórico, já na década de 1940, eram: Mao Zedong, o marechal Lin Biao (1907-1971) e Zhou Enlai (1898-1976), que foi primeiro-ministro de 1949 até 1976 quando Mao morreu. Seguido por Deng Xiaoping (1904-1997), que governou a China entre 1978 e 1992. Ele morreu em 1997, 21 anos depois de Mao. Esse quarteto eram os principais nomes do poder popular comunista na China de 1949 até o final da década de 1990.
 
Houve um afastamento do PC da URSS nas décadas de 1960 e 1970. Hoje há uma aliança muito forte e estratégica entre a China e a Rússia, ainda que a Rússia não seja mais governada pelo Partido Comunista, mas é por alguém que foi do Partido entre 1975 e 1991, que é o atual presidente Vladimir Putin.
 
Esses quatro líderes levaram a Revolução Chinesa, até a morte de Mao. Mas, teve uma particularidade na revolução chinesa, que é chamada de Revolução Cultural. Ela ocorreu entre 1966 e 1976. Houve muitos erros nesse período, mas, quem sucedeu a Mao, na liderança do Partido e da condução do Estado, foi Deng Xiaoping, que não fez uma “desmaoização” da China.
 
Houve críticas, mas Mao não foi jogado no lixo da história, como Nikita Khrushchov fez em 1956, quando ocorreu o 20º Congresso do PC Soviético, três anos depois que Stalin morreu, que foi a chamada ‘desestalinização’. Stálin recebeu críticas, de tal maneira que apagaram sua importância e papel que teve na história da edificação do socialismo na União Soviética, desde 1924, quando Lênin morreu, até a sua morte em 1953.
 
Isto se constata quando vemos a foto de Mao Zedong, o grande fundador da RPC, que nunca foi retirada da Praça da Paz Celestial. E, segundo o próprio Deng, que declarou, certa vez, em uma entrevista para a jornalista italiana Oriana Fallaci, realizada entre 21 e 23 de agosto de 1980, que lhe indagou quando a foto de Mao seria retirada da Praça da Paz Celestial, que lhe respondeu que isso jamais ocorreria. Havia críticas grandes à Mao, mas como diz Deng nessa mesma entrevista “os acertos do presidente Mao são primários e seus erros secundários” (17).
 
A China foi guiada desde que Deng assumiu o poder em 1978 – portanto, há 43 anos – que desenvolveu a teoria da chamada Quatro modernizações. É isto que guia a China até os dias atuais. São elas a modernização da Agricultura, da Indústria, da Ciência & Tecnologia e das Forças Armadas.
 
Os líderes que sucederam a Mao, acrescentaram novas formas de pensar, novas teorias que enriqueceram o pensamento e a linha do Partido, sem dispensar e jogar fora tudo o que fora produzido anteriormente. O que é uma demonstração de sabedoria e exemplo prático do significado da dialética na política. Na dialética a gente usa muito o termo ‘processo’, tudo é um processo.
 
Então, o processo de construção da RPC, a ideologia que norteou esta construção, foi um processo evolutivo que se modificou com o tempo e aperfeiçoou-se, não se jogando fora ou desprezando as boas ideias anteriores.
 
Na Revolução Cultural, houve exageros. Havia um grande sectarismo contra intelectuais. Muitos professores universitários foram humilhados. Parece que não se admitiam homens e mulheres eruditos e, o pensamento único, era aquele contido no livrinho vermelho de Mao Zedong. Os jovens andavam com ele nas mãos, que contém a síntese do pensamento de Mao, que é o marxismo-leninismo, aplicado à realidade chinesa.
 
Nós sempre dissemos que não existe ‘stalinismo’, nem ‘maoísmo’. O que existe é marxismo-leninismo. Mas, Stálin e Mao foram desenvolvedores do marxismo, adaptados às realidades dos seus países. Este é um aspecto interessante que precisa ser registrado.
 
Deng assume o poder político
 
Após a morte de Mao, abriu-se uma luta política dentro do Partido, no sentido de disputar os rumos que deveriam ser seguidos, pois havia se encerrado uma época histórica, importante e marcante. Mas, seria preciso dar um salto.
 
Aí se estabelece a luta interna e vamos ter: Hua Guofeng, Deng Xiaoping, Hu Jintao e Jiang Zemin, até chegarmos em 2012 com Xi Jinping. Deng era da época do Mao e, de certa forma, sofre perseguição enquanto Mao estava vivo. Estas cinco pessoas é que irão liderar a República Popular da China no período pós-Mao até os dias atuais. Elas ocupavam de alguma forma os três cargos mais importantes na China, que é a secretaria-geral do Partido, a presidência do país e o primeiro-Ministro, além, claro, de presidente da poderosa comissão militar central.
 
Deng se opôs aos líderes “esquerdistas” de Mao. E ele introduz uma novidade na China que os historiadores definem como: “Economia de Mercado Socialista”. Não é capitalista, mas existia o mercado. Na época de Mao, o que existia era uma economia de mercado planificada, com os planos quinquenais ou decenais, tudo era, praticamente, do Estado. Não havia outra forma de propriedade, além da estatal e coletiva dos meios de produção.
 
Quando Deng assume, ele incorpora essa novidade que, de certa forma, tem toda a razão de ser, porque o mercado sempre existiu, em qualquer forma econômica que antecedeu ao capitalismo (escravismo e feudalismo).
 
Comercializar mercadorias, não é característica exclusiva do capitalismo. Havia mercado na época do escravismo, na Roma antiga, na Grécia, no feudalismo também havia mercado. Então, por que no socialismo não poderia ter mercado? Por acaso as pessoas não consomem no socialismo?
 
Na União Soviética, esse foi um dos grandes erros. Por lá tudo era padronizado, não havia grandes consumos ou possibilidade de escolhas e variáveis. As pessoas têm aspirações, também no sistema socialista. Aspiram por produtos diferentes, melhores, mais sofisticados, mais modernos. Essa contradição se resolveu na China. Não há problemas em se estabelecer uma economia de mercado socialista.
 
Esta é, então, a grande contribuição para a Grande China Moderna. Então, esse pensamento de Deng é incorporado ao que eles chamam de a Constituição do Partido. As ideias de Deng ficam gravadas no Partido, como ficaram as de Mao Zedong. Deng não rejeita o marxismo-leninismo nem o pensamento de Mao. Ele, na verdade, procura adaptar o pensamento dessas correntes à realidade chinesa.
 
Temos, também, a liderança de Jiang Zemin (1926, tem hoje 94 anos), que vai suceder tanto Deng, quanto Hua Guofeng e que vai inaugurar um período na China em governos de 10 anos. São cinco anos com reeleição. Jiang Zemin governa entre novembro de 1993 e 2003. Qual a novidade que ele introduz? Ele cria uma teoria da chamada Tríplice Representatividade, que é modificada na Constituição de 2003 e essas ideias também irão ser incorporadas à Constituição do Partido.
 
Vamos resumir os três aspectos.
 
1. As forças produtivas – Não é mais só o Estado o condutor das forças produtivas, consideram-se também as forças típicas do modelo capitalista. Já não se despreza a chamada iniciativa privada;
 
2. Leva em conta a cultura chinesa – É uma cultura milenar e que tem muita influência do confucionismo. Confúcio (18) é um nome ocidentalizado de um grande pensador chinês que viveu há 2.500 anos. Usando a linguagem da datação cristã, mais ou menos 500 anos antes de Cristo. Confúcio mudou a estrutura da sociedade chinesa. Confucionismo não é uma religião, mas uma corrente de pensamento, uma filosofia. E, o comunismo chinês também não desconsidera essa sabedoria milenar;
 
3. Os interesses do povo – Ele menciona os burgueses e empresários como podendo ser admitidos como membros do PC, pela primeira vez na história do Partido. Estas são as novidades que Zemin introduz na China.
 
Quem sucedeu a Jiang Zemin foi Hu Jintao, que governou a China de 2003 a 2013. Ele também cria uma teoria que será incorporada à Constituição do partido. Esta teoria levou o nome de Perspectivas Científicas Sobre o Desenvolvimento. A essência dessa teoria é que, com o desenvolvimento você poderia rumar para a construção na China de uma Sociedade Socialista Harmoniosa. Mas, não era ainda o Socialismo.
 
Caminhando na nossa história, o 18º Congresso do Partido Comunista Chinês se realiza em 2012. Eles elegem Xi Jinping para um mandato de cinco anos, renováveis por mais cinco (o que já ocorreu em 1997, no 19º Congresso).
 
Xi Jinping governa a República Popular da China desde 2013 e está no poder até hoje. Quando ele assume, mantem a tradição que já vinha de outros dirigentes comunistas, de acumulação de três cargos fundamentais e muito importantes: o de presidente, secretário-geral do Partido e chefe da poderosa Comissão Militar Central.
 
Muitos pensadores, estudiosos e analistas, teóricos tentaram explicar por que a União Soviética não deu certo. Eu sempre leio e esbarro na tecla de que foi um erro misturar o partido com o Estado. Na China, até agora isso não se mostrou errado. O presidente do país é também o comandante do Partido, o seu secretário-geral (o cargo de presidente do Partido não existe, pois SG é o cargo principal, no modelo leninista de Partido).
 
As forças armadas chinesas não são apenas as tradicionais Exército, Marinha e Aeronáutica. Eles têm uma quarta força que é a dos Mísseis Balísticos intercontinentais, protegendo a China de um ataque estrangeiro. E existe uma quinta força chamada de Apoio Estratégico para as Forças Armadas de um modo geral.
 
Xi Jinping também introduz o seu pensamento. Seu pensamento pode ser sintetizado nos dois volumes da obra Governança da China (19). No volume dois, está transcrito um discurso que ele proferiu em 17 de agosto de 2016, no qual ele sintetiza o pensamento do chamado Cinturão e Rota (Belt and road, na sigla inglesa). Ele desenvolve com didatismo a sua teoria, que está hoje em vigor no mundo, que são as novas rotas da seda.
 
O pensamento de Xi leva o seguinte nome: Socialismo com características chinesas ou peculiaridades chinesas. Mas, ele afirma que a China se encontra na fase primária do socialismo e que ela ainda não atingiu a plenitude do sistema socialista. E, é preciso dizer que no programa do Partido, jamais se retirou que o seu objetivo estratégico e da sociedade chinesa é atingir o comunismo, que é a liberdade e igualdade plena e absoluta entre as pessoas. Esse pensamento de Xi também foi incorporado ao Partido, da mesma forma que o de seus antecessores.
 
Em 2018 eles procederam a uma mudança na Constituição Chinesa e aboliram o limite de apenas uma reeleição. Assim, não há mais limites, de forma que, no 20º Congresso que ocorrerá em 2022, muito provavelmente, Xi Jinping poderá ser reeleito para um terceiro mandato de mais cinco anos. Ele está fazendo um grande trabalho e é muito querido na China. Eles se encontram em uma fase em que a pobreza extrema já não existe mais na China.
 
Eu recomendo a todos assistirem a TV CGTN, em espanhol, e legendada (20). Neste canal, todos os dias, eles transmitem vários pequenos vídeos (e grandes também, na forma de documentário de média duração e longas também) e, nesse período de comemoração dos 100 anos do PC da China, é possível ver coisas maravilhosas sobre a história desse país milenar, que nós não conseguimos ver por causa da influência do capitalismo estadunidense sobre as nossas mentes, consciências e meios de comunicação. Isto distancia a China de nós.
 
O mais importante nessa nova era da China, sob Xi Jinping, o marxismo-leninismo é preservado, o método de análise, o materialismo dialético e histórico continua sendo a principal ferramenta de análise da realidade concreta. A China sofre uma grande modernização e passa a existir a chamada Governança Socialista, com base no fortalecimento do Partido.
 
A ideologia e a estrutura do PC da China
 
A ideologia comunista chinesa, desde Deng Xiaoping, se apoiam na seguinte filosofia: a prática é o critério único para se chegar à verdade. Ou apenas e simplesmente a prática é o critério da verdade. Esta frase que se atribui a Marx, alguns a atribuem a Feuerbach, filósofo ao qual Marx contestou suas 10 teses, na verdade é de Mao Zedong, mas foi Deng que bateu nessa tecla e, até hoje, prevalece esta tese da prática como critério da verdade.
 
O pensamento de Mao Zedong, que é marxista-leninista, está incorporado à Constituição do Partido. A grande novidade é a convivência de, pelo menos, duas formas de propriedade: a privada, dos meios de produção ou a coletiva ou estatal desses meios. Em Cuba, com a nova Constituição, também já aparece esta convivência, com esses modelos de vários tipos de propriedade. Em Cuba tem mais do que dois inclusive.
 
Assim, podemos dizer que a ideologia do PC da China rege-se pelo marxismo-leninismo, mas incorpora o pensamento de Mao Zedong, de Deng Xiaoping (As quatro grandes modernizações), Hua Guofeng (21), Jiang Zemin (Tríplice Representatividade), Hu Jintao (Perspectivas Científicas do Socialismo) e Xi Jinping (Socialismo com características chinesas). Todos os elaboradores das teorias não apagaram as anteriores. Ao contrário, todas elas foram sendo incorporadas à Constituição do Partido Comunista da China – PCCh.
 
O PC Chinês tem 91.914.000 membros, que significa cerca 6% da sua população. Entrar no Partido é uma das coisas mais difíceis que existem. Precisa passar por uma série de aprovações, fazer juramentos, tem uns que entram pela juventude, ficam um tempo e, depois entram definitivamente nas fileiras partidárias. Eles fazem o que chamam de ‘estágio probatório’. No ano passado, o Partido admitiu dois milhões de novos membros. Mas, havia 44 milhões de pedidos de filiação. Publico a seguir o juramento que todo militante comunista deve fazer ao ingressar no Partido:
 
É minha vontade aderir ao Partido Comunista da China.
Defender o programa do Partido.
Observar as disposições da constituição do Partido.
Cumprir os deveres de um membro do Partido.
Cumprir as decisões do Partido.
Observar estritamente a disciplina do Partido.
Guardar os segredos do Partido.
Ser leal ao Partido.
Trabalhar arduamente.
Lutar pelo comunismo durante toda a minha vida.
Estar sempre pronto a sacrificar tudo pelo Partido e pelo povo.
E nunca trair o Partido (22).
 
A essência, a característica principal do PC da China é o centralismo democrático, que foi criado por Lênin. Trata-se da ampla liberdade de discussão e debates internamente no Partido, de suas teses e propostas. Mas, depois de concluído o debate, faz-se a votação e nem sempre se consegue a unanimidade e, prevalece a proposta da maioria. O centralismo democrático é subordinação da minoria à maioria.
 
O PC da China é um partido disciplinado e centralizado, que tem um comando quase militar, que é o destacamento de vanguarda da revolução, que tem a missão histórica de levar, conduzir o proletariado revolucionário, a fazer um processo de transformação da sociedade, de fazer a substituição do sistema capitalista pelo socialista. E é o que eles têm feito até o momento em que completaram o seu centenário de fundação.
 
A Frente Unida continua existindo e governando a China, sob a liderança do Partido Comunista. Eles se reúnem na chamada Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC). E continuam vários dos partidos que chegaram ao poder com Mao em 1949, mas também organizações da sociedade civil chinesa.
 
São os seguintes os partidos e suas respectivas cadeiras na CCPPC: Partido Comunista da China (97); Comitê Revolucionário do Kuomintang (65); Liga Democrática da China (65); Associação Nacional Democrática de Construção da China (64); Associação Chinesa para a Promoção da Democracia (45); Partido Democrático dos Camponeses e Trabalhadores da China (45); Festa Zhi Gong da China (29); Sociedade Jiusan (44); Liga Democrática de Governo Autônomo de Taiwan (20) e Independentes (62). Aqui totalizam 536 vagas de um total de 2.890 membros no total (23).
 
Na página oficial (em mandarim) do CCPPC, a menção às organizações partidárias são as seguintes: Partido Comunista da China; o Comitê Revolucionário do Partido Nacionalista Chinês; a Aliança Democrática Chinesa; o Congresso Fundador Democrático da China; a Associação Chinesa para a Promoção da Democracia; o Partido Democrático Agrícola e Industrial Chinês; a 93ª Academia e a Liga Democrática de Autogoverno de Taiwan (24).
 
Aqui é interessante registrar que todos os outros partidos estão sob a liderança do Partido Comunista da China, uma característica muito peculiar dos chineses e da sua revolução. Não é assim no Vietnã, nem em Cuba e não foi assim na União Soviética. Um sistema a ser estudado como exemplo (mas não como modelo).
 
Instâncias do Partido
 
A instância máxima do Partido Comunista da China, que se reúne a cada cinco anos, é o seu Congresso Nacional. Essa instância elege o secretário-geral do partido, o comitê central, o politiburo e a comissão permanente, bem como indica o presidente do país. É o momento mais importante da vida política da China. Em 2022 ocorrerá o 20º Congresso, sendo que o 1º foi o da sua fundação em 1921 (25).
 
Xi Jinping foi eleito no 18º Congresso, em 2012. Então, em 2017, quando ele fez o pronunciamento citado anteriormente, foi o 19º Congresso, quando foi reeleito. E, ano que vem (2022), devem fazer o 20º, que se prepara para o provável novo mandato que começa em 2023 (26).
 
Abaixo do Congresso tem o Comitê Central do Partido, que tem hoje, 205 membros titulares e 171 suplentes e se reúne uma vez por ano, eleitos por certo, na plenária final de delegados. Este é o órgão máximo entre um congresso e outro. É ele que aprova os planos de desenvolvimento.
 
Politiburo – vem abaixo – e é um modelo que veio da União Soviética. No caso da China, ele é composto por apenas 25 pessoas que têm o papel de fiscalizar o Partido (infelizmente, apenas uma mulher). Eles se reúnem com maior periodicidade (27).
 
O Comitê Permanente é a última instância e foi inaugurado em 1935, quando Mao Tse-tung assume o núcleo desse comitê, que hoje é composto por apenas sete pessoas. Infelizmente, não há nenhuma mulher entre eles, como tem em outras instâncias. Ele é formado por: Xi Jinping (líder); Li Keqiang; Li Zhanshu; Wang Yang; Wang Huning; Zhao Leji e Han Zheng.
 
Por fim, tem-se a poderosa Comissão Militar central, que controle as cinco forças armadas do país. Xi Jinping é o seu presidente, com mais dois altos oficiais que a integram (28).
 
A China tem hoje 2,3 milhões de soldados efetivos e permanentes e um contingente de um milhão de reservistas, prontos para convocação, em estado de prontidão. Os jovens, depois que deixam o serviço militar obrigatório, ficam ainda por mais cinco anos de prontidão.
 
A China é temida no Ocidente, porque ela dominaria o mundo. A China não quer dominar o mundo. Ela quer que a soberania das nações sejam observadas e respeitadas. Ela defende um mundo sem pobreza e, tal qual para a sua própria sociedade, ela defende um mundo onde todos sejam moderadamente prósperos, sem desigualdade, com harmonia e paz e com desenvolvimento sustentável. Simples assim. Tudo que os EUA, líderes do bloco imperialista capitalista não aceitam.
 
O PIB chinês é o segundo maior do mundo. Seu PIB hoje é da ordem de 12 trilhões de dólares. No entanto, a melhor forma de se medir a riqueza de um país é a que os economistas chamam de PIB por paridade de poder de compra. Por esse método, indaga-se o que um chinês faria com 100 dólares e o que um nova-iorquino faz com os mesmos 100. Literalmente nada. A União Europeia é o segundo PIB por PPC, e só depois vêm os EUA (29).
 
A China exporta para o mundo um trilhão de dólares ao ano. Só para os Estados Unidos, meio trilhão. E, ao contrário, os EUA exportam para a China, só 100 bilhões de dólares. O que gera um déficit anual de 400 bi. Ao longo de 10 anos são quatro trilhões de déficit, mais do que o PIB brasileiro. Mas ela importa muito, chegando a dois trilhões de dólares. Então, ela é a grande compradora e parceira comercial da maior parte dos países, inclusive do Brasil, apesar dos ataques constantes feitos pelo governo brasileiro.
 
Hoje a China tem o maior domínio sobre a tecnologia de celular móvel, mais avançada do mundo, que é o 5G e já desenvolve a tecnologia 6G. Os Estados Unidos perderam essa corrida tecnológica. Por fim, quero registrar seu avanço na chamada corrida espacial, onde a União Soviética já foi mais forte e, nos primeiros anos, ganhou a corrida, lançando o primeiro satélite artificial chamado Sputnik e também o primeiro animal (a cachorrinha Laika) e depois, o primeiro ser humano astronauta: Iuri Gagarin.
 
Hoje a China tem uma estação espacial apenas dela. Ela saiu da Estação Espacial Internacional, um consórcio de vários países. Sua estação espacial chama-se Tiangong e desde 17 de junho três taikonautas (na Rússia diz-se cosmonauta e nos EUA chama-se astronautas).
 
No momento em que escrevo este ensaio, um rover chinês, chamado Zhurong, encontra-se desde 16 de maio deste ano, em solo marciano desenvolvendo várias experiências, colhendo amostras do solo, enviando imagens da planeta vermelho em 8k (altíssima resolução). Um feito notável para um país que apenas 30 anos atrás não detinha ainda sequer a tecnologia de lançamento de satélites.
 
Todos esses grandes feitos na corrida espacial são realizados pela Administração Espacial Nacional da China, fundada há 28 anos, em 1993. Seu plano é montar uma base na Lua para exploração e voos mais longos (30).
 
O PC Chinês dirige a China hoje e nos próximos 28 anos, quando completarem 100 anos da Revolução, em outubro de 2049 eles serão a maior potência do mundo, mas não necessariamente, a potência hegemônica. Este é o plano.
 
E, até 2030, eles deverão ter sete porta-aviões. Costuma-se medir a projeção de poder naval pelo número de porta-aviões. Os Estados Unidos têm 11. A China no momento tem apenas dois e em 2022 comissiona o seu terceiro e, até 2030 serão mais quatro. Para se ter uma ideia, só nove países têm porta-aviões e o Brasil não está entre eles. É um clube tão seleto quanto o chamado Clube Atômico (31).
 
Meus parabéns ao Partido Comunista da China pelos 100 anos e desejo que tenha mais 100 anos de muito sucesso e de garantia de alegria, desenvolvimento e igualdade, coisa que os Estados Unidos e o Capitalismo, jamais vão querer para os seus povos e para toda a humanidade.
 
Notas
 
1) Chen Duxiu nasce em 1879 e vem a falecer em 1942. Ele foi o primeiro Secretário-Geral do PC da China, mas foi destituído do cargo em 1927 e expulso em 1929, tornando-se trotsquista. Mais informações podem ser lida aqui neste link: <https://bit.ly/3yh3R00>;
2) Li Dazhao é considerado um precursor do marxismo na China. Nasceu em 1888 e morreu em 1927 enforcado a mando do KMT. Tanto ele como Chen não se fizeram presentes na fundação do Partido. Mais informações podem ser lida neste link: <https://bit.ly/3ynxDQQ>;
3) Assista ao excepcional filme “A construção de um Partido” onde aparecem em detalhes cenas dessas manifestações. É uma superprodução da indústria cinematográfica chinesa. Acesse este link: <https://bit.ly/2Uoeob3>;
4) Aqui o livro na íntegra em PDF, onde na página 17 pode-se ler essa informação: <https://bit.ly/3hgo68K>;
5) Chiang Kai-Shek (1887-1975) é das figuras mais controversas da China na primeira metade do século 20. Membro do KMT de Sun Yatsen, que assume o comando do Partido quando da morte do líder nacionalista. Até 1927 mantinha boas relações com o PCCh, mas a partir dessa data, inicia um confronto e torna-se um ferrenho anticomunista. Mais informações sobre ele podem ser obtida neste link: <https://bit.ly/2UpejUQ>;
6) Tenzin Gyatso, mais conhecido como o 14º Dalai Lama, assume essa condição em 1950 (veja neste link: <https://bit.ly/3weZKQP>;
7) Sun é considerado uma espécie de pai fundador da Nação Chine. Fundador também do Partido Kuomintang, ou na sigla KMT. Presidiu a China alguns meses em 1912, após o fim da dinastia Qing. Veja mais detalhes sobre sua vida em <https://bit.ly/2TzpB8P>;
8) Essa dinastia sucedeu a Ming, tendo governado a China por 268 anos, de 1644 até 1912. Veja mais informações aqui <https://bit.ly/2UXysBu>;
9) É considerado o grande construtor do Partido e da República Popular. Nasceu em 1883 e vem a falecer em 1976 com 82 anos. Dirigiu a controversa Revolução Cultura entre 1966 e 1976, mas é considerado e venerado em toda a China. Mais informações aqui <https://bit.ly/2TD4RwO>;
10) A Coluna Prestes-Miguel Costa foi um movimento patriótico liderado por parte dos remanescentes do Movimento Tenentista de 1922. Ela percorreu o Brasil entre 1924 e 1927 e jamais foi derrotada. Mais informações podem ser lidas neste link: <https://bit.ly/2Ur9yd6>;
11) Hiroito (1901-1989) foi o 124º Imperador do Japão. Vejam detalhes neste link: <https://bit.ly/3ArDHKc>;
12) Ocorre a partir de 18 de setembro de 1931 sob os planos expansionistas de conquista do mundo por parte do Império do Sol Nascente, como era chamado o Império do Japão. Só termina mesmo quando os soviéticos os expulsam em 1945. Veja mais informações aqui <https://bit.ly/3hgjFuA>;
13) Pearl Harbour (Porto das Pérolas) fica na ilha de Oahu, perto de Honolulu no Havaí. É base militar dos EUA. Na madrugada do dia 7 de dezembro de 1941 o Japão desfere o seu maior ataque aos EUA, afundando 11 navios e inutilizando quase 200 aviões. Nesse ataque mais de dois mil fuzileiros navais estadunidenses perdem a vida. A partir daí, os EUA entram oficialmente na II Guerra Mundial. Mas informações neste link: <https://bit.ly/3hvKGZW>;
14) Em uma tradução livre, listo as seguintes entidades aliadas do PC da China: Comitê Revolucionário do KMT; Liga Democrática da China; Associação para a Construção Nacional da China Democrática; Associação para a Promoção da Democracia na China; Partido Democrático dos Trabalhadores e Camponeses Chineses; Associação Nacional para a Salvação do Povo da China; Federação dos Três Princípios dos Camaradas do Povo; Associação Chinesa do KMT para a Promoção da Democracia; Partido Chinês para os Interesses Públicos; Sociedade Jiu San; Liga do Autogoverno Democrático de Taiwan;
15) Para maiores informações veja este link: <https://bit.ly/2V8nxFh>;
16) Mais informações sobre a bandeira chinesa pode ser lida neste link: <https://bit.ly/3dJFS1N>;
17) A íntegra dessa excepcional entrevista, muito festejada à época, pois avaliava a China pós-Mao, pode ser lida na íntegra neste link: <https://bit.ly/3ykkRm5>;
18) Kung-fu-tsu (ou Mestre Kong) nasceu em 551 aC e morreu em 479 aC (79 anos). É considerado o pensador de maior influência na história da China. Sua doutrina baseia-se em defender as tradições e crenças chinesas que são comuns a todos, assim como a lealdade à família, veneração aos ancestrais e respeito aos idosos. Ele não construiu uma religião. Mais informações podem ser lidas aqui <https://bit.ly/36bSsTp>;
19) Veja o livro de Xi Jinping intitulado A governança da China em dois volumes, editora Contraponto, da Foreing Language Press, Rio de Janeiro, editado em 2019. Volume 1 com 568 páginas e o volume 2 com 619 páginas. A passagem que eu menciono no texto acima está na página 618 até 621 do volume 2;
20) O link de seu canal no YouTube pode ser acessado neste endereço: <https://bit.ly/3hg9MwV>;
21) Nasceu em 1921 e faleceu em 2008 com 87 anos. Assumiu como sexta secretário-geral do PC da China após a morte de Mao em 1976. Para maiores informações, acesse este link: <https://bit.ly/3jNmgh9>;
22) Consegui esse juramento apenas de forma indireta. Ele está publicado originalmente no Historical Dictionary of The Chinese Comunista Party, de Lawrence Sullivan, da editora Scarecrow em 2012 que pode ser visto aqui <https://bit.ly/3hxe3Lo> mas a fonte primária desse juramento foi a Wikipedia, que pode ser localizada aqui <https://bit.ly/3hPnO7V>;
23) A fonte mais completa no Ocidente que apresenta em detalhes a estrutura desse poder na China pode ser acessada neste link: <https://bit.ly/3ykIM4R>;
24) O site oficial do CCPPC pode ser visitado neste endereço: <https://bit.ly/3wg51rr>. É preciso, por certo, solicitar a tradução pelo Google Tradutor da página, inteiramente publicada em mandarim;
25) A página oficial em inglês do PC da China pode ser acessada aqui neste link: <https://bit.ly/3whxwEY>. No entanto, não há detalhes das instâncias partidárias oficiais, informações essa que obtivemos em outras fontes;
26) A agência de notícias oficial da China, a Xinhua, tem um site com todas as informações sobre o 19º Congresso de 2017, em especial a eleição dos sete membros do Comitê Permanente. Mais informações podem ser obtidas neste link: <https://bit.ly/3dJw4Vz>;
27) Quem se interessar em conhecer a composição do Bureaux Política, Secretariado e Comissão Permanente, assim como o setor de fiscalização interna, pode visitar esta página: <https://bit.ly/36jBItf>;
28) Quem quiser conhecer em maior profundidade a estrutura geral do Partido Comunista da China, ao final da página que indicarei a seguir tem o organograma oficial da estrutura partidária. A página é esta: <https://bit.ly/36jBItf>;
29) A página oficial onde tem-se a lista do PIB por PPC de todos os países pode ser acessada neste link: <https://bit.ly/3xgXQ3D>;
30) O site da Agência Espacial chinesa pode ser acessada neste link: <https://bit.ly/3dKx7V8>;
31) São os seguintes os países que possuem porta-aviões: EUA, Reino Unido, França, Índia, Rússia e China. Os que possuem porta-aviões pequenos e médios são: Itália, Espanha e Tailândia. Mas sobre esse assunto pode ser lido neste link: <https://bit.ly/2UVWJI7>.
 
* Sociólogo, professor universitário (aposentado) de Sociologia e Ciência Política, escritor e autor de 17 livros (duas reedições ampliadas), é também pesquisador e ensaísta. Atualmente exerce a função de analista internacional, sendo comentarista da TV dos Trabalhadores, da TV 247, da TV DCM, do Iaras e Pagus,  entre outros canais, todos por streaming no YouTube. Publica artigos e ensaios nos portais Vermelho, Grabois, Brasil 247, DCM, Outro lado da notícia, Vozes Livres, Oriente Mídia e Vai Ali. Todos os livros do Professor Lejeune podem ser adquiridos na Editora Apparte (www.apparteditora.com.br). Leia os artigos do Prof. Lejeune em seu site www.lejeune.com.br. E-mail: [email protected] e Zap é 5519981693145. Youtube:https://www.youtube.com/c/CanaldaGeopolítica; Facebook: https://www.facebook.com/ApparteLivrariaEditora; Facebook: https://www.facebook.com/professorlejeunemirhan/?ref=pages_you_manage; Twitter: https://twitter.com/lejeunemirhan?s=11; Instagram: https://instagram.com/lejeunemirhan?utm_medium=copy_link.