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    Comunicação

    Descanto

          Nada a declarar. Lira muda. Nem sombra de pensamento. O mundo, esse “manancial inesgotável”, gira longe, passa ao largo dos sóis que nos habitam e tão próximos que não mais o vemos.       É aquela dor tantas vezes sentida que, incorporada, nos insensibiliza. É o pra quê isso tudo nos tirando o ânimo de […]

    POR: Elder Vieira

    2 min de leitura

          Nada a declarar. Lira muda. Nem sombra de pensamento. O mundo, esse “manancial inesgotável”, gira longe, passa ao largo dos sóis que nos habitam e tão próximos que não mais o vemos.

          É aquela dor tantas vezes sentida que, incorporada, nos insensibiliza. É o pra quê isso tudo nos tirando o ânimo de dizer. È a força das coisas. Mas, serei eu as coisas? Carlos se revoltaria. Mas com que armas me revoltar?

          A palavra mente sempre? Não é fato, é desenho que pouco diz? É memória do que foi dito ou prenúncio de manhãs?

          Há quem presentifique auroras nunca vindas. Há quem, com ela, perpetue sombras.

          Quisera que o canto despertasse as gentes. Mas ele é feito de uma música muda, cantada na cabeça, votada à razão.

          Do extremo deste promontório, lançamos vocábulos ao oceano. A pedras os recolhem no íntimo de si. As ondas, vêm e vão, alheias a eles e sua intenções.

          Fazer o quê, Vladmir?