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Madrugada suburbana
Adalberto Monteiro17 de agosto de 2002No bar no pano verde rola a bola sete. O giz se esfarela na ponta do taco. Um rola-bosta rola em torno da lâmpada pontilhada de merda de mosca. No fio alheias aos berros elas repousam e amanhã vorazes sobrevoarão o catarro dos meninos e os pedaços de doce-de-leite na vitrina quebrada da mercearia. A cantiga […]
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A ave
Elder Vieira16 de agosto de 2002A ave nega o seu vôo para dizer chão e pousa, na calma do pouso, a terra em seus pés para negá-la chão e afirmá-la céu! A ave nega suas asas para tornar-se grão num espaço do mundo e nega, acima dos montes, sua própria negação – no intento de afirmar-se ave e dizer não!
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Lázaro, o coleciondor de vozes (parte 2)
Dorberto Carvalho15 de agosto de 2002(Fragmento de algo que talvez seja um livro, parte 2) “Centro Cirúrgico em cinco minutos!” A vida tem som de asas de areia de folhas. “Abaixa isso já!” “É a Violeta Parra, dona Palmira.” “Não quero saber se é violeta ou se é margarida, isso aqui é cortiço, mas ainda […]
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