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Férias
11 de dezembro de 2002– Ladrilhava tudo. Assim começou Demóstenes Antunes seu repto contra a praia. Voltado para o mar, mãos para trás, olhos abarcando o máximo da massa líquida, era como se decretasse um futuro perfeito. Tivesse ali uma espada, apoiaria nela seu punho peludo. A areia, ferida pela ponta aguçada da lâmina, rangeria no metal, […]
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Insurreição
10 de dezembro de 2002É preciso o sol desabando reluzente sobre nossas cabeças; o desmanche das estrelas ; o desmantelo das constelações. É preciso o tempo despedaçado; o rompimento da aurora e da ave-maria; o estilhaço das estações; o rasgo na membrana do dia com seu espaço de luzes e girassóis. Ruptura, eis teu nome – escrito e lapidado […]
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O lirismo e a pólvora
Adalberto Monteiro9 de dezembro de 2002Vinte anos entre o lirismo e a pólvora. Vinte anos e uma boca úmida de mulher apaixonada percorrendo minhas mãos. Vinte anos entre os teus olhos verdes e a angústia do povo. Vinte anos e nenhuma vontade de morte exceto uma morte em combate. Vinte anos e o sêmen no abdômen: solidão. Vinte anos e […]
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