E não é que roubaram Aurora?!
E lá foi João, buscá-la no fundo dos homens,
nas fimbrias do mar,
nos cantos do tempo em que ousam brincar as nuvens
e tudo que se assemelhe a vento.

Voltou da casa de Memória
– sem Aurora, é verdade, mas com as mãos carregadas de promessa.
Concertou o certo em torto
e fê-lo coerente absurdo.
Depois,
foi-se,
martelando em nossas cabeças
sua mensagem de comunhão,
unidade,
coisa pública efetivada em rebelião.

Não, Aurora ainda não despertou.
Está ali não sabemos onde escondida
– esperante de nós;
grávida de João.