Deste porto de areia em que me encontro, quanto de sal há para mensurar? Lágrimas, se existem, podem esperar, que não sei bem que cor é essa deste céu tão cheio de significações.

      Falo é de um sal cotidiano, ensacado em cada peito, oculto em cada teto de mansão ou barraco. O sal que recebemos por cada pecado e por alguma virtude. Sal de jornada – finda, recomeçada e sempre a mesma e outra -; pouco ou muito, sempre sal, sempre sede, sempre insuficiente – insossa incompletude, que nos remunera cada esforço e nos impregna o suor de gosto.