De acordo com o novo indicador de risco de segurança hídrica da consultoria de risco para investimentos Maplecroft, dez países encontram-se na categoria de “risco extremo” e estes países são, em sequência, Somália (onde apenas 30% da população têm acesso à água potável), Mauritânia, Sudão, Niger, Iraque, Uzbequistão, Paquistão, Turcomenistão, Egito e Síria.

O novo indicador da consultoria britânica foi formulado considerando quatro aspectos do tema: acesso a água potável de boa qualidade e serviços de saúde; disponibilidade de água e dependência de abastecimento por outros países; relação entre água disponível e demanda; assim como, dependência da economia de cada país à água. No lado oposto da classificação encontram-se Islândia, Noruega e Nova Zelândia.

“Com a mudança climática será exercida maior pressão sobre os limitados recursos hídricos, nas próximas décadas”, disse a autora da análise e analista de temas ambientais, Dra. Ana Moss, acrescentando que “eventualmente, os conflitos se ampliarão em consequência da falta de segurança hídrica. Para os países que dependem em grau particularmente elevado de abastecimento externo, a questão da água poderá se tornar crítica”.

Menos de 8% para consumo

Região particularmente vulnerável à falta de segurança hídrica é o Grande Oriente Médio, com a Arábia Saudita liderando, sendo seguida por Kuwait, Jordânia, Sultanado do Omã, Emirados Árabes Unidos e Catar. Somente o Líbano constitui exceção.

Vulneráveis são, também, os países da Comunidade de Estados Independentes, cujo total encontra-se na categoria de alto e extremo risco, com exceção da Geórgia, Bielorússia e da Federação da Rússia, os quais encontram-se na categoria de risco baixo.

Mas o abastecimento precário de água não constitui monopólio dos países pobres, conforme mostra o relatório da pesquisa. “Determinados países europeus, como Bulgária, Bélgica e Espanha enfrentam problemas”, disse Ana Moss, que concluiu: “Problemas enfrentam, também, determinadas regiões da Austrália e dos EUA”.

Em seu final, o relatório Maplecroft, afirma que “70% do consumo de água no planeta destinam-se à irrigação e 22% à atividade industrial. Empresas como as mineradoras Anglo-American e Rio Tinto, a indústria farmacêutica Bristol-Myers Squibb, a Marks & Spencer, a Coca-Cola e a Davon Energy defendem a redução do uso de água pelas empresas.

_________________________________________________________________

Fonte: Monitor Mercantil