A narrativa desse arremedo de reportagem se pauta num conflito de acerto de contas entre dois empresários, um deles pertencente a outra legenda, em supostas negociatas referentes ao Programa Segundo Tempo que envolveriam, também, uma ONG.

Trata-se de um ataque vil, posto que é destituído de qualquer veracidade. Primeiro: o PCdoB não tem e nunca teve ONG. Ao contrário, sempre se opôs ao fato de ONGs substituírem entes públicos. Relacionar a movimentação financeira de qualquer dessas entidades com o Partido, sem provas, sem evidências, não é jornalismo, é mentira, é infâmia. Segundo: o PCdoB não tem relação com os empresários citados. Em referência ao Ministério do Esporte, ao qual pertence o Programa Segundo Tempo, em nota oficial esse ministério informou que, nos termos da lei, a denúncia será apurada.

Desse modo, fica claro que o objetivo desse material falsamente jornalístico não é informar e tampouco defender o bem público. Mais uma vez – movido pela sanha reacionária de golpear o campo político progressista do país, em especial a esquerda –, O Estado de S. Paulo recorre a uma montagem grosseira de peças e personagens para jogar lama na honestidade do Partido Comunista do Brasil. Com mentiras e calúnias, como as que acaba de publicar, não conseguirá. Em defesa de sua reputação, de sua honra, construídas em 90 anos de história, o PCdoB não irá se calar e tomará as medidas cabíveis para que a verdade prevaleça.

São Paulo, 12 de novembro de 2012.

Renato Rabelo

Presidente do Partido Comunista do Brasil-PCdoB