As atividades são de iniciativa da Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, criada no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, para homenagear os 173 deputados federais cassados por atos de exceção entre 1964 e 1977.

A exposição, a ser aberta oficialmente no corredor entre o edifício principal e os anexos da Câmara, é composta de imagens que retratam os momentos mais tensos vividos no Congresso Nacional entre 1964 e 1985. O destaque é o painel A verdade ainda que tardia, do artista plástico Elifas Andreato, que compôs uma visão sobre a repressão e a resistência nos “anos de chumbo”.

 

“O Elifas (Andreato) me disse que buscaria passar uma mensagem tão forte quanto a do (painel) Guernica (do pintor espanhol Pablo Picasso) enquanto discutíamos os preparativos para o evento”, comentou a deputada Luiza Erundina, coordenadora da Comissão. O painel, com 5,5 metros de comprimento e 1,70 metros de altura, retrata imagens de tortura, como pau de arara, cadeira elétrica, afogamento e violência sexual.

A tela foi batizada “A verdade ainda que tardia” e traz também imagens de vítimas dos militares, como a presidente Dilma Rousseff, Vladimir Herzog, Rubens Paiva, Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Alexandre Vannuchi e Manoel Fiel Filho.

Já o livro reúne informações até então esparsas sobre os 173 deputados cujos mandatos foram cassados sem o devido processo legal. As cassações estão divididas entre as quatro legislaturas atingidas e analisadas em seu contexto político. Os autores da obra são os consultores legislativos Márcio Rabat e Débora Azevedo, da Câmara.

 

Com agências