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Quando o reajuste anual da tarifa do transporte público em São Paulo foi anunciado em junho de 2013, ninguém poderia prever que a medida seria o gatilho de uma onda de protestos que movimentaram o Brasil e questionaram profundamente o modelo de democrático do País.
Milhões de pessoas se organizaram pelas redes sociais e foram às ruas de diversas cidades pressionar as três esferas de governo. O mote do transporte público gratuito e de qualidade ganhou força, levando prefeituras e governos estaduais a suspenderem os reajustes.
A pressão popular também atingiu o governo federal e no Congresso. A presidenta Dilma Rousseff propôs uma reforma política e os parlamentares refutaram a PEC 37, que limitava o poder de investigação do Ministério Público.
Para entender os reflexos de um movimento que ganhou força rapidamente, CartaCapital ouviu os filósofos Vladimir Safatle e Renato Janine, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o cientista político Sergio Amadeu, e um dos integrantes do Movimento Passe Livre, Marcelo Hotimsky. Eles discutem o que restou dos protestos e como essas movimentações refletirão no futuro político do Brasil.