– Você não vai lá falar com ele?

      – Sei não, Bento…

      – Como não sabe, Josia?! Ele é teu amigo, caralho!

      – Amigo… Desde pequeno que a gente não se fala!

      – Mas isso faz tempo. Ele até deve de ter esquecido.

      – Você sabe muito bem que aquele filho de dona Maria não esquece é nada. 

      – As pessoas mudam, Josia.

      – Mudam, eu sei. Mas umas, pra melhor; já outras… Não foi você que disse que ele tá mais calado? Então.

      – Mas eu vi ele uma vez só!

      – E sua impressão não foi boa. Pra mim, é o que basta.

      – Se eu armar um encontro? Trazer ele aqui no bar?

       – Eu recebo como recebo qualquer freguês. Se ele vir falar comigo, bem. Se não, fica tudo como está.

      – Eita hominho difícil você, hein, seu Jusia!

      – Difícil é conta. Eu sou é cauteloso.