Neste dossiê sobre o décimo aniversário dos atentados do 11 de Setembro de 2011, Tariq Ali assinala que “os EUA e os seus aliados europeus estão presos num pântano” e Chomsky refere que “os Estados Unidos, primeiro sob George W. Bush e depois sob Barack Obama, correram directamente para a armadilha de Bin Laden…”

Publicamos também um texto escrito por Miguel Portas, em Setembro de 2001, em que que ele afirmava que os autores [dos atentados] “são a face terrível do imenso mal-estar que invade o mundo contemporâneo. E sem se ir às causas não haverá como escapar ao ciclo da barbárie”.

Ralph Nader, noutro artigo, dá uma resposta à pergunta como os norte-americanos podem respeitar o dia 11 de Setembro?

Em outro texto, Robert Fisk afirma que “a motivação para os ataques foi escamoteada até no relatório oficial sobre o 11 de Setembro”.

Um artigo do Socialist Worker lembraos crimes de guerra praticados pelos EUA, após o 11 de Setembro e, por fim, publicamos uma entrevista do professor francês François Bernard Huyghe à Carta Maior onde ele salienta que os EUA fizeram mais inimigos do que os que tinham no dia 10 de Setembro à tarde, com a política que seguiram.

Publicamos também artigos de José Reinaldo Carvalho e Renato Rabelo, e uma entrevista com Eric Hobsbawm.

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“A Grande Estratégia” depois da Guerra Perpétua do 11 de Setembro

Tariq Ali

Um década depois dos atentados do 11 de Setembro, os EUA e os seus aliados europeus estão presos num pântano. Tirando a retórica de Obama, pouco divide esta administração da sua predecessora.

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Havia alternativa? Revisitando o 11 de Setembro uma década depois

Noam Chomsky

A resposta ao 11 de Setembro, um ataque maciço a uma população muçulmana, conduziu os Estados Unidos à 'armadilha diabólica' estendida por Bin Laden. O resultado foi que Washington continuou a ser o único aliado indispensável de Bin Laden, mesmo após a sua morte.

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11 de Setembro – Viragem

Os autores [dos atentados] “são a face terrível do imenso mal-estar que invade o mundo contemporâneo. E sem se ir às causas não haverá como escapar ao ciclo da barbárie”. Texto de Miguel Portas, publicado em Setembro de 2001, após os atentados.

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Lições Dolorosas do 11 de Setembro: O Império devora-se a si próprio

É possível que muitos americanos queiram fazer uma pausa para reconhecer – ou esquecer – as reacções, nomeadamente as reacções excessivas, ao 11 de Setembro que têm prejudicado o nosso país. Como, nesta perspectiva de futuro, podemos respeitar o dia 11 de Setembro? Por Ralph Nader

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Durante dez anos evitámos a única pergunta que conta

Robert Fisk

A motivação para os ataques foi escamoteada até no relatório oficial sobre o 11 de Setembro.

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Os crimes de guerra que se seguiram ao 11 de Setembro

Durante as comemorações do 11 de Setembro, esta semana, é da responsabilidade de toda a gente dedicada à paz e à justiça, honrar as vítimas da "guerra de terror" dos Estados Unidos. Editorial do Socialist Worker

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"EUA têm mais inimigos hoje do que tinham em 2001"

Todos os Estados caem na tentação de responder à provocação terrorista com o terrorismo de Estado. A reacção dos EUA depois dos atentados de 11 de Setembro trouxe-lhes mais inimigos do que os que tinham no dia 10 de Setembro à tarde. Entrevista a François Bernard Huyghe, professor de Ciências Políticas. Por Eduardo Febbro, correspondente da Carta Maior em Paris.

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Guerra ao “terrorismo” fez um mundo mais inseguro

José Reinaldo Carvalho

Os atentados terroristas de 11 de setembro deram ao imperialismo norte-americano o pretexto que faltava para empreender uma inflexão na política externa, tornando-a mais conservadora e agressiva.

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11 de setembro e a outra face do imperialismo

Renato Rabelo

O mundo tem sido levado a lembrar, de forma triste, os 10 anos dos atentados contra as Torres Gêmeas em Nova Iorque e contra o Pentágono, em Washington. Reportagens, estudos, análises, depoimentos e teses são levantadas como forma de explicar as razões daqueles fatos.

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Trocando mitos por história

Eric Hobsbawm

O ataque às torres gêmeas do World Trade Center, há exatos dez anos, num atentado que não só amputou a paisagem de Nova York, mas acima de tudo tirou a vida de milhares de pessoas, acordando o mundo para tensões inauditas, foi a mais completa experiência de uma catástrofe de que se tem notícia, afirma com convicção o historiador britânico Eric Hobsbawm, nesta entrevista exclusiva ao Aliás. "Porque foi vista em cada aparelho de TV, nos dois hemisférios", justifica em seguida. Mas, quando ele coloca a mesma catástrofe no plano maior da história das civilizações, daí faz com que afirmação superlativa submeta-se a outras associações de ideias, que nos convidam a pensar. E pensar muito.

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Fonte: Esquerda.net, Portal Vermelho, Blog do Renato e O Estado de S. Paulo